segunda-feira, 6 de outubro de 2014

O que, Por que e Como...

Por que Educação Emocional?



Sabia que tão importante como a sua graduação, são primordiais para a conquista de um bom emprego o seu temperamento, personalidade e habilidades interpessoais?

Compartilhamos com vocês um artigo que explica muito bem a razão de termos  consciência da importância de nutrir nossas competências emocionais!


A Importância da Inteligência Emocional no Trabalho

Dr. Alírio de Cerqueira Filho e,

Margareth de Souza Facirolli


As mais recentes pesquisas nas organizações têm indicado novos critérios de avaliação do ser humano, já não importa apenas o quanto somos inteligentes, intelectualmente falando, nem a nossa formação ou o nosso grau de especialização, mas principalmente a maneira como lidamos com nós mesmos e com os outros. Além disso, indicam que as habilidades humanas são as qualidades inerentes aos profissionais de sucesso, razão da excelência no trabalho - muito particularmente para os cargos de liderança.
Há dados que apontam para a necessidade de levar o assunto a sério, dados baseados em estudos sobre dezenas de milhares de pessoas que trabalham em todos os tipos de atividades e organizações. Estes dados garantem que não é uma novidade passageira, nem a mais recente "receita de bolo" para gerenciar.
Daniel Golleman, psicólogo americano, considerado a maior autoridade em Inteligência Emocional na atualidade, em seu livroTrabalhando com Inteligência Emocional diz que "Numa época em que não há garantia de estabilidade no emprego, e quando o próprio conceito de emprego vem sendo rapidamente substituído pelo de habilidades portáteis - aquelas que as pessoas podem utilizar em diferentes contextos profissionais -, trata-se de qualidades fundamentais para obtermos emprego. Por muitas décadas, falou-se vagamente sobre essas habilidades, que eram chamadas de temperamento e personalidade ou habilidades interpessoais (habilidades ligadas ao relacionamento entre as pessoas, como empatia, liderança, otimismo, capacidade de trabalho em equipe, de negociação e etc.), ou ainda competência. Atualmente, há uma compreensão mais precisa desse talento humano, que ganhou o nome de inteligência emocional."
O fim da empregabilidade e a valorização do trabalho têm exigido níveis cada vez maiores de especialização da parte de empresas e dos funcionários. No cerne de todas essas mudanças, cresce a necessidade de uma profunda reformulação na maneira de ver a pessoa humana, que constitui o principal agente na estratégia para garantir o sucesso dos profissionais e a sobrevivência da organização em meio aos desafios da nossa época.
Nas duas últimas décadas, tem aumentado o número de empresas que investem no bem-estar e na satisfação dos seus funcionários, beneficiando amplamente o delicado campo dos relacionamentos e, por conseqüência, a produtividade. Seja através de vivências alternativas - como aulas de ioga, de ginástica, de musicoterapia, biodanza e etc., de atividades de autoconhecimento ou que promovam maior integração, tais empresas estão conscientes do seu papel enquanto entidades não separadas dos indivíduos que a compõem. Desenvolvem e aperfeiçoam uma visão mais ampla do funcionário, considerando que ninguém poderá dar o melhor de si se não apresentar um mínimo de harmonia com seus pensamentos e sentimentos.
Em certas organizações, por exemplo, a recompensa pelos bons serviços prestados pode vir não como aumento de salário, mas sob a forma de uma prazerosa e inesquecível viagem que inclua toda a família do funcionário exemplar. Um prêmio desse tipo marca a história do casal e dos seus filhos de modo muito especial e afetivo, favorecendo a imagem da empresa, elevando a satisfação de trabalhar nela e o grau de comprometimento com os seus ideais.
Qualquer estrutura que reúna várias pessoas deve, inevitávelmente, criar condições ideais para o trabalho em equipe. Sabe-se que é bem maior a eficiência e a produtividade entre pessoas trabalhando juntas; entretanto, quando levamos em conta as suas diferenças naturais, começamos a ter outra perspectiva dos bloqueios de personalidade que geralmente dificultam a cooperação. O fato é que cada um de nós tem sua vida particular, suas capacidades e o seu estilo próprio de interagir com os outros. E hoje, mais do que nunca, não se deve confiar apenas no raciocínio lógico para resolver nossas diferenças e, assim, cumprir as metas da organização para a qual trabalhamos.
Chegamos ao campo da aptidão emocional ou capacidade para lidar bem com os nossos sentimentos e também com os sentimentos das demais pessoas. Sem ela, o indivíduo estará sujeito a conflitos internos que tiram a sua concentração no trabalho e comprometem a sua clareza de pensamento e a sua produtividade; pode ter a sua memória afetada e dificuldade para tomar decisões com objetividade.
Manter-se consciente dos próprios sentimentos, permanecendo atento ao que se está sentindo, também é uma aptidão emocional básica que auxilia o desenvolvimento da integridade e leva a pessoa a descobrir satisfação no seu trabalho. Igualmente importante é saber sintonizar com os sentimentos daqueles com quem nos relacionamos no ambiente profissional, procurando aprender a lidar com as divergências antes que elas cresçam. Observe que pessoas muito influentes numa empresa não só têm consciência dos seus sentimentos como demonstram uma percepção intuitiva do que motiva seus chefes, colegas de trabalho e funcionários.
Entretanto, no mundo dos negócios, é comum encontrar profissionais guiados por uma lógica e objetividades excepcionais, mas sem qualquer habilidade para os temas de origem emocional, para as questões do coração. Em parte, isto se deve a crença obsoleta de que a intimidade representa o risco de substituir os interesses da organização pelos interesses pessoais, interferindo na produtividade. Ou que manter o distanciamento afetivo não compromete a tomada de decisões duras quando a presente situação dos negócios não permite outra saída.
Diante da nova realidade competitiva e do crescente nível de exigência dos clientes, torna-se inevitável a aplicação da inteligência emocional no local de trabalho e no mercado, sendo uma condição indispensável ao planejamento das habilidades empresariais no que se refere à liderança, gestão e organização. Do contrario, o destino das empresas no atual momento de mudanças estruturais estará irremediavelmente comprometido.
As organizações não podem mais ignorar a força representada pelas pessoas que a integram, que, na melhor das hipóteses, deve compor-se de funcionários competentes, atualizados, ágeis e inovadores. Contudo, a orientação moderna para o sucesso pressupõe que as organizações saibam criar um ambiente de trabalho onde as pessoas se sintam seguras e motivadas a crescer e a aprender com os desafios requeridos por suas realizações.
As aptidões emocionais estão trazendo mudanças radicais nos ambientes das organizações, já que não há mais dúvida de que as relações interpessoais entre os seus profissionais constituem um fator prioritário à conquista da excelência em todas as esferas. Lógica e intuição prometem fazer a parceria definitiva no paradigma da empresa do terceiro milênio, reafirmando o pensamento de que "só quem se conecta com o invisível consegue fazer o impossível".

Curso de Educação Emocional com Ana Maria Norões no Instituto Inovação Sustentável!

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